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Os personagens da EAD

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Mensagem por leocastro Qui maio 14, 2015 10:00 am

Na aula virtual descrevi, de forma rápida, os personagens da EAD aqui na UNIRIO. Cada grupo já deve ter feito suas escolhas, mas aproveito para perguntar: Como vocês entendem que funcione uma equipe multidisciplinar que dará suporte a um curso EAD? Que profissionais devem fazer parte dessa equipe e com que atribuições?

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Os personagens da EAD Empty Re: Os personagens da EAD

Mensagem por Flavia Alves Sex maio 15, 2015 1:49 pm

Oi professor, oi gente... Boa tarde.
Apenas agora (no meu intervalo de almoço) estou com chance de responder aqui no tópico, colocando meu olhar sobre esta questão.

O meu grupo (3N) decidiu que faremos as entrevistas com um coordenador de disciplina e com um estudante de EaD. Para o coordenador, escolhemos o professor Diego Vargas e a Olívia já conversou com ele sobre a possibilidade da entrevista. Estamos em fase de lapidação das perguntas. A Izabella conhece estudantes de EaD, e iremos entrar em contato com eles.

Sobre o tema do tópico.
Li o texto do Mill sobre a polidocência e alguns aspectos ficaram bastante claros. O trabalho do professor de EaD é complexo e envolve muitos sujeitos (não apenas os tutores). Daí a necessidade de divisão de tarefas, incluindo a elaboração de materiais e aulas. Eu vejo com bons olhos esta cooperação/colaboração intensa. São centenas de discentes e isso exige articulação, exige divisão de tarefas, e acredito, exige o escutar.

Só que uma coisa é a teoria... e outra é a prática. Não sei o que acontece no cotidiano da EaD (e para isso as entrevistas serão essenciais), mas seres humanos são complexos, são complicados e não estão acostumados a trabalhar em equipe. Trabalhar em grupo é aprendizado, é treinamento. Requer paciência, requer ESCUTA, requer respeito. E a verdade nua e crua é que a nossa sociedade, capitalista e consumista, incentiva o contrário. Incentiva o individualismo, a competitividade e a luta por PODER. É óbvio que a EaD deve ter suas arenas de disputa por poder, por espaço, por renome... Todos os agrupamentos humanos, em geral, têm. E grupos cooperativos, ativos e harmoniosos, diante de todos estes fatos, são exceção e não regra. Imagino que estas muitas hierarquias e estas REGRAS, têm a intenção de prevenir situações de conflito e de estresse. Então, o grupo segue regrado e diante dos eventuais problemas, apelam para a burocracia.

Tenho uma grande amiga que trabalha como tutora de EaD para a Unirio. Por motivos óbvios não irei citar o nome dela, nem o curso e muito menos a disciplina. Mas, ela já desabafou algumas coisas como: Sobrecarga de tarefas (alguns tutores fazem mais tarefas do que outros), discordar de decisões (se for da maioria do grupo, ok... mas não era o caso) e outras situações.

Claro que tudo vai sendo lapidado, aprimorado e precisamos aprender a lidar com as situações a medida que os problemas surgem. A realidade de cada polo deveria ser o alicerce e cada equipe deveria ter autonomia para resolver tudo o que fosse possível. Acho importante lembrarmos que nosso olhar tem contexto histórico e cultural, lembrarmos que não somos neutros (não existe neutralidade) e que a EaD, assim como a educação presencial, estão sempre se transformando, ainda que pareçam estáticas.
A EaD está sendo construída, ainda.

A Thamiryz fez uma excelente colocação no outro tópico que debatemos... E faço coro com ela.

Thamiryz escreveu:"Um incômodo pessoal é com relação a separação que ocorre entre a modalidade presencial e à distância. Talvez se os pólos, principalmente das cidades grandes, fosse nas próprias universidades, não sei, fosse possível sentir uma interação maior entre ambos. Talvez com propostas de oficinas ou qualquer coisa do gênero que traga esses estudantes à distância para a universidade essa interação acontecesse com mais facilidade, chegando ao ponto de criar a sensação de unidade entre as modalidades."

Queria que esta distância (entre EaD e presencial) fosse realmente menor.
Queria menos burocracias, mais diálogo e mais transparência.
Queria menos egos, menos disputas por poderes efêmeros... Mais solidariedade.
Queria mais harmonia, mais diálogo (em todos os sentidos) e menos monólogos.
Queria mais lucidez, mais cooperações (em qualquer sentido intelectual e prático - educacional).
Queria mais trocas, mais risadas e mais SENTIDO para a nossa educação.

Toda educação.

Pelo bem de todos nós.
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Mensagem por Rafaela Araujo Reis Sáb maio 23, 2015 2:47 pm

Sou do grupo da Flavinha e já decidimos quem vamos entrevistar e agora estamos construindo as perguntas, mas as duvidas e as questões são tantas que é dificil escolhermos rsrsrsrs

Acho bacana o olhar da Flavinha sobre o tema da polidocência, porém como ela mesma disse na prática as coisas se mostram de formas diferentes.

Achei como positivo o fato da divisão de tarefas poder levar os profissionais ao exercício de diálogo e construção conjunta de conhecimento.

Porém, pelo que fui lendo e concluindo ao longo do texto essa experiência do diálogo parece um pouco distante da realidade de fato. Achei bastante estranho existir um professor-conteudista que elabora o conteúdo e depois é dispensando e não tem mais contato com aquilo que ele mesmo fez. A explicação e acompanhamento desse conteúdo vai para mão de outros que não o elaboraram ... não sei, mas a meu ver isso causa uma certa estranheza, pois acho que esse professor-conteudistas deveria estar também acompanhando os alunos e mediando esse conhecimento.

Mas aí batemos em outra barreira que é a complexidade dos cursos a distância, como por exemplo, a quantidade de alunos. Realmente, dar conta virtualmente de mais de 10 alunos eu acho bem difícil ... requer tempo, atenção, paciência, disponibilidade, domínio basico do assunto, etc.
Essa divisão do trabalho remete, como falado no próprio texto, a uma divisão fabril de trabalho e esse processo prejudica a integração e interação entre os diferentes processos e pessoas.

Para que essa divisão seja de fato enriquecedora para o processo de ensino-aprendizagem acho que deveria ser baseada em diálogo constante, sem que haja hierarquização e precarização do ensino.

Como a Flavinha disse, EaD está em processo de construção que vai passo a passo se modificando e se aprimorando para o melhor ...

Rafaela Araujo Reis

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Mensagem por Maria Angélica de Brito Dom Jun 07, 2015 4:03 pm

Mill em seu texto sobre a polidocência  descreve a natureza do  trabalho pedagógico do professor na  EaD. Vimos que esse trabalho é complexo e envolve muitos sujeitos que atuam coordenadamente e desempenham papéis específicos  cuja a característica principal está na divisão de tarefas, como quem se encarregará da elaboração de materiais das aulas e outras  atividades específicas do EaD, por exemplo. Trata-se de um trabalho coletivo, em que os trabalhadores mesmo que tenham formações e exerçam funções diversas são responsáveis por todo o processo ensino e aprendizagem em EaD. Segundo Mill em EaD dada a fragmentação do trabalho, a  polidocência   está organizada sob a técnica da divisão de trabalho. Acredito que não seria possível o funcionamento da EaD se não fosse organizada dessa forma. É evidente que toda a estrutura pensada e organizada de modo a atender a demanda de EaD carece de reformulações ao longo do processo, os chamados ajustes que são feitos a partir da colocação dos sujeitos que dessa estrutura fazem parte, os polidocentes, os alunos e etc.
A entrevista com os sujeitos da EaD pode se configurar em pistas para a melhoria da própria EaD. Não podemos perder de vista que a estrutura da EaD foi pensada e criada para democratizar cada vez mais o acesso à Educação e atender a uma crescente demanda de estudantes que não têm acesso ao ensino presencial por motivos diversos. Num mundo cada mais moderno e inovador, todo o avanço tecnológico pode auxiliar na democratização do acesso a Educação. Uma educação de qualidade depende do diálogo e da busca pela constante qualificação dos profissionais que nela atuam.
Entendo que uma equipe multidisciplinar atue de maneira organizada, em que cada um desempenha um papel mas ao mesmo tempo tem o conhecimento de como funciona o coletivo. Uma equipe multidisciplinar funciona de maneira harmônica e interligada em que todos os envolvidos são responsáveis por todas as etapas do processo ao mesmo tempo que desempenham ações específicas.

Maria Angélica de Brito

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